PROCURE NO BLOG

[como vive] Erica do 'PS I made this'

Já disse que adoro ver como mora gente criativa,né?
A Erica Domesek é stylist e dona do PS I made this, um site de DIY ( mais de acessórios de moda mas de vez em quando aparece alguma coisinha de decoração. Até já postei uma aqui.)
Saíram umas fotos da casa dela no Casa Sugar.
Charmosa, charmosa:
tá vendo o jacaré em cima do baú? também apareceu no PS I made this, é um truque gênio. (e fácil e barato)

Na entrevista, quando perguntam sobre a arrumação divertida e chique das estantes e prateleiras, Erica sugere agrupar objetos por cor.
"When alike colors live together, it creates an automatic artistic and luxe look."
Tô aqui pensando que criando esses grupos de cor a gente dá mais importância pro arranjo. É como se fosse um objeto só, maior e mais significativo no espaço. Mais expressivo, entende? vou adotar.

recortes

Selina Rose faz um trabalho lindo com feltro

Com certeza os recortes são feitos a laser, mas vai dizer que não dá uma vontade louca de tentar com estilete?
Já deu pra notar que eu sou cheia de planos do-it-yourself acumulados? :/
Na mesma linha, tem esse tapete ( no 101 woonideeen dá pra baixar o molde em pdf) que eu queria fazer pra minha varanda, com um pedaço de grama sintética ou daqueles tapetes tipo o Nomad da 3M

Isay Weinfeld

Em qualquer momento da vida, se alguém me pergunta qual o meu arquiteto preferido, o nome do Isay é o primeiro que me vem a cabeça. Desde sempre.
Eu não sou uma boa teórica de arquitetura pra descrever os motivos pq eu gosto de tudo o que ele faz. (se ao menos tivesse dado a sorte de estar no Mack na época em que ele era Prof de teoria da Arquitetura.. DROGA.)
Separei umas imagens pra tentar exemplificar. Pra mim ele consegue o equilibrio perfeito entre o grandioso e o 'cosy', sabe?





Agora, quer mesmo entender porque eu acho ele um cara incrível? Dá uma lida nesses textos escritos pelo próprio.
Eu, que sou + boba, até me emociono um pouco.

AQUILO QUE NOS DEIXA FELIZES
Vogue -2004

O luxo na arquitetura não é diferente do luxo na vida. Luxo é ter em sua casa aquilo que te deixa feliz.
Luxo são os espaços que te levam a respirar profundamente, a se espantar, a pensar, estranhar, se emocionar...

Pode-se tentar ser feliz com o mínimo, abolir os excessos, mas se para você o mínimo deve ser o máximo, pois que fique com muito. Luxo é não ter regras.
Luxo não é ter móveis "Bombé", "Délavé" ou "Flambe", mas pode eventualmente ser. Luxo é não ter vergonha de dizer que gosta quando gosta ou não sei quando não sabe. Luxo não é uma coleção de etiquetas de grife, mas tampouco é a camiseta branca básica. Luxo é poder misturar essas coisas naturalmente.
É não dever nada a ninguém.
O travesseiro pode ser feito de pluma de ganso ou de crina de cavalo. Luxo é poder deitar a cabeça nele, tranquilamente.
Para alguns, luxo pode ser comprar um bilhete de primeira classe. Para mim, é devorar um quarteirão com queijo no aeroporto antes de embarcar em vez de comer a horrorosa comida que é servida.
Luxo é poder mudar seus planos a qualquer momento.
É ser independente, avulso, livre. É dizer não, é dizer sim, é dizer talvez, sempre que se queira.
É poder ficar mais um pouco, se tiver vontade.
Luxo é sentar à beira da lareira num fim de tarde de inverno, usando um surrado cashmere, um par de meias escocesas meio furadas, um pequeno copo de botequim cheio de pinga, um cocker spaniel ao seu lado e um CD interminável da Blossom Dearie. Isso pode ser no interior da Inglaterra, mas com o passar do tempo e a chegada da maturidade, a gente percebe que também pode ser no interior de São Paulo.
Esta percepção é que é um luxo.

por isso que eu acho o Isay o luxo dos luxos Y

O QUE É MORAR BEM?
Revista Joyce Pascowitch
Fevereiro 2008


O que é morar bem?
"Morar bem" pode ter vários significados diferentes...
Para aqueles que não tiveram a chance de sequer ter um teto para morar, "morar bem" pode ser apenas "ter um bom colchão".
Para os que tiveram todas as chances, o conceito de "morar bem" vai se modificando durante a vida. No começo, o quarto do bebê, o gosto da mãe, a mesmice infantil. Depois, os primeiros desejos, as cores, o lugar de brincar. Mais tarde, os primeiros sintomas da personalidade, o quarto que se transforma num mundinho particular, a loucura. À medida que vamos crescendo, começamos a acumular - os discos, os livros, os cacarecos. Começamos a perceber que são estas as coisas que nos traduzem. Nossa casa vira um amontoado de lembranças, começamos a colecionar objetos, arte, inutilidades. "Morar bem" já não cabe em nosso espaço. Sentimos necessidade de exibir, de receber pessoas em casa, de aumentarmos a família. Enfim, de mais espaço. É tudo tão grande que os desencontros ficam mais frequentes, a solidão aumenta, o vazio torna-se insuportável. Amadurecemos, e o significado de "morar bem" continua a se modificar. Já não estamos tão satisfeitos assim, em nos perdermos dentro de nossa própria casa. Vamos chegando à última parte da vida, e bate uma vontade de sintetizar, jogar tudo fora, se desfazer, procurar a essência, se ver livre... finalmente. Daí, "morar bem" significa estar no menor espaço possível, ficar só com aquela peça que resume toda a coleção. Significa, a simples parede branca. É quando fica claro que não precisamos realmente de muita coisa. Nada muito além de um bom colchão.

banheirinhos

Acho uma graça esses gabinetes de desenho bem limpo.
Muito esperto aproveitar a lateral com nicho para revistas e papel higiênico.

Armário atrás do espelho a gente não costuma achar chique. Vou te contar que meu primeiro projeto-solo foi a reforma de dois banheiros. A cliente era 'semi americana' e acabou me convencendo da praticidade de ter as coisas ao alcance das mãos. E quem disse que não ficou lindo? (quando eu fizer um banheiro pra mim, devo fazer algo do tipo)
Gosto do nicho embaixo do espelho assim com uma cor vibrante.
Na ultima foto, uma solução bonitinha pra um espaço muito micro.

imagens: as 3 primeiras são de uma época que eu não anotava as fontes :( , room123

polska

Revistas de decoração me fazem feliz :)
aquela felicidade bobinha e simples que lembra que a gente complica demais todo o resto.
Sem dúvida a melhor decisão consumista (fora Ikea, né? Y) da ultima viagem foi adotá-las como souvenir oficial.
Essa é a da Polônia
Pra quem tem dotes costureiros ( eu ainda tô no nivel cortina-simples) achei muito fofinha essa capa pra TV. Imagina num quarto de criança?
E só porque eu ando adorando escadas-pra-guardar-coisas...

o 'styling'

A disposição dos objetos é momento crucial e mais um daqueles em que eu vou mais pela intuição. Dá pra pensar um pouco em proporção, volumes e tal... mas, pra mim, o que funciona mesmo é ir mexendo, olhando de longe, mexendo de novo...
Daí já sabe.. quanto mais referências a gente tiver na caixola, melhor:

PS.: Marcel Steiner deu hoje umas boas dicas sobre arrumação de estantes na coluna dele na UOL. aqui.

imagens: micasa, bolig magazinet, whole lotta lovely, room269-tumblr

salvesalve

Na época da Copa me recusei a postar verdeamarelices, primeiro porque né?.. o dunga... e 2º pq eu tô com a Elisa no horror à nossa combinação patriota.
Mas essa cozinha tem o amarelo canário, o azul e o verde esmeralda (quase bandeira, vai..) e tá linda. lindona.

Escolhi essa imagem pra dar o boost necessário no patriotismo, depois do início do horário eleitoral, tem que se animar a procurar alguma coisa que preste no meio daquele monte de palhaço.

imagem: kellygreeninteriors.com

foradaordem

Encostar o sofá na frente da estante, não é um layout que a gente pense assim de primeira.

Achei bonito, animou a parede atrás do sofá - a estante oferece infinitas possibilidades de composição ( inclusive c/quadros ) - e ficou convidativo, não ficou? deita aí, puxa um livro...

A mesinha lateral, digamos, chamativa ameniza a profundidade do conjunto.

E, ah.. nem vem com "nhé-nhé mas não dá pra acessar a parte de baixo da estante"... puristas, humpf.

imagem: loving living small

80's

Na minha época, buttons circulavam por aí, malandramente,
em bonés e jaquetas
Eu achei MUITÍSSIMO mais legal no encosto dessa cadeira.
vi no Quarto & Sala ( é tipo uma versão brasileira do The Selby, conhece? um cara que fotografa casa de gente interessante)

Cath Kidston

É uma marca inglesa de coisas 'resista-se-for-capaz'. Começou com a paixão de Cath por estampas florais e vintage e hoje é um império de tudo o que é fofice.
(Tem loja online pra comprovar o que eu tô falando e atiçar as lombrigas-consumistas em libras esterlinas $$$ )
Eu sempre fico curiosa sobre como mora esse tipo de gente criativa, que tipo de escolhas faz para si quem vive de despertar nossos desejos e atiçar nossas lombrigas.
Pois saiu na Loony desse mês a casa da Cath e eu adorei, fiquei admirando e tentando absorver o que a Queen of Florals nos ensina através da decoração da sua casa
Repare que o jeito que ela usa o vintage e o floral na decoração é diferente da linguagem da marca (que tem uma pegada mais 'fofinha'), principalmente nas áreas sociais da casa. Cath aposta em cores e detalhes divertidos para criar ambientes amistosos, olha o quadro dos personagens Disney sobre a lareira classicona e essa cor vermelho-meio-coral nas paredes da sala - escolha corajosa..mas que diz que é um sucesso. "When you have a sitting room that's very formal, it's not so friendly, is it?"
Concordo, viu? casa boa é casa gostosa :)
E lavabo com colagem na parede a gente já viu aqui que é truque fácil de fazer. e chique.
Nessa sala, que deve ser uma biblioteca, eu adorei a mistureba de cores e estampas, lustre oriental, cortina florida, tapete de listras, banquinhos coloridos
Na ala intima a gente percebe um pouco mais da fofurice-cath-kidston e também a opção por uma atmosfera mais tranquila.
Delícia de casa, Dona Cath.
imagens: loony magazine
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...